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Foto do escritorMaria João Lopes

Luto - saiba como as terapias complementares podem ajudar.

Atualizado: 6 de jun.



Perder, deixar de "ter".

Deixar de ver, deixar de tocar, deixar de cheirar, deixar de sentir, deixar de ouvir.

Continuar a amar na ausência, é possível? Sim, é, perfeitamente possível. E isto fascina-me no Ser Humano. Mesmo com a ausência total do corpo físico e da interação com alguém, o nosso sentimento mantém-se o resto da nossa vida. Fecho os olhos, recordo certos momentos e o sentimento da altura renasce em mim.

Os meus pais morreram durante a minha adolescência, já lá vão cerca de 25 anos... no entanto o amor que sinto por eles é exactamente igual ao que sentia na altura. O Amor por eles continua vivo e continuará sempre, enquanto eles forem recordados por mim.

O luto é um processo complexo, duro e de uma exigência emocional elevadíssima. Aceitação, é a palavra chave, mas algo nem sempre fácil de colocar em prática. Por vezes (dependendo das situações) o primeiro sentimento é a revolta, a tristeza profunda, o desespero, a solidão. Aprender a lidar com a dor e a tristeza é fundamental para que o processo de luto seja o mais "saudável" possível.

O luto deve ser vivido.

O luto é necessário.

O luto é fundamental.

A tristeza é normal, o choro também. O importante é conhecermos a linha ténue entre a normalidade de um processo de luto ou do início de um desequilíbrio psicológico.


A pessoa que está de luto quer empatia, quer colo, quer apoio, é assim que ela se irá erguer pouco a pouco.

Porque irmos a um velório ou funeral e dizermos frases como:


"Tens que ser forte" ;

"Vá, ânimo, não te vás a baixo" ;

"Ele/ela também já estava a sofrer muito, foi melhor assim"

"Também já era velhinho/a, é a lei da vida"


não fazem o mínimo sentido para quem acabou de perder alguém que amava!

Na minha opinião, se querem dizer algo útil nestes momentos, digam apenas:



"Entendo a tua dor.

Estou aqui para ti, para o que precisares.

Conta comigo, sempre.

Gosto muito de ti"



E se não quiserem dizer nada, dêem apenas um abraço, um longo e apertado abraço, para que essa pessoa se sinta apoiada e acarinhada, por vezes é só isso que precisamos.


Enquanto terapeuta, acredito que devemos em primeiro lugar acompanhar uma pessoa que está a passar por este processo com cuidado e delicadeza, com uma escuta ativa e com compaixão, apenas isto, já pode ajudar muito. Mas existem diversas ferramentas terapêuticas para ajudar a processar a perda de uma forma consciente mas equilibrada. Porque é importante estarmos conscientes deste processo, assimilando pouco a pouco todas as fases e sentir a nossa progressiva ascensão emocional.


A Homeopatia pode ser uma boa ajuda nestas situações, sobretudo porque ser tomada por pessoas de todas as idades, incluindo crianças e grávidas. Os remédios homeopáticos como Natrum Muriaticum, Ignatia Amara, Causticum ou Phosphoricum Acidum, poderão estar indicados para os processos de luto, no entanto para uma boa prescrição, cada pessoa deve ser vista individualmente para ver quais os sentimentos ou sensações predominantes, que é o que nos direcionará ao melhor remédio para aquela pessoa e aquela situação.


Outra terapia que acho fundamental nestes casos é a Terapia Floral. Uma terapia que consiste na vibração energética de plantas, sobretudo flores, que nos permitem alcançar o nosso equilibrio emocional de uma forma suave, progressiva, mas através de trabalho energético profundo.


Tal como a homeopatia, os elixires florais podem ser tomados por pessoas de todas as idades, incluindo crianças e grávidas, e serão prescritos tendo em conta as características individuais, no entanto aqui ficam algumas das possibilidades do sistema Floral de Bach para ajudar a processar a perda:

> Aspen

Fomenta a coragem, segurança e determinação. Ajuda a superar os medos ocultos e desconhecidos.


> Gorse

Para o desânimo, a falta de energia, a letargia e apatia. Promove a esperança, a fé e a aceitação perante as adversidades da vida.


> Gentian

Proporciona ânimo. Para a melancolia, a depressão e o pessimismo.

> Honeysuckle

Ajuda a libertar os apegos a questões do passado. Ajuda a "deixar ir”.


> Mimulus

Para o medo (por motivos conhecidos). Fomenta a coragem para encarar as situações e as dificuldades. Ajuda a aceitar os desafios da vida como oportunidades que temos para crescer.


> Rock Rose

Para estados de medo e pânico extremamente agudos. Medos irracionais, medos paralizantes e bloqueio no plexo solar de origem nervosa. Promove a coragem, a determinação e a força de vontade.


> Star of Bethlehem

Indicado para choques emocionais e para todas as situações traumáticas, físicas ou psicológicas que não foram integradas. Atenua o impacto do trauma, promovendo a força e a paz interior.


> Walnut

Promove adaptação às mudanças e às etapas de transição.

Ajuda a cortar “amarras” ou ligações energéticas com pessoas/situações do passado ou do presente.




 

“Tudo retorna à sua fonte original, tem que retornar à sua fonte original. Se você compreende a vida, então você compreende a morte também. A vida é um esquecimento da fonte original, e a morte é novamente uma recordação.

A vida é afastar-se da fonte original, a morte é voltar para casa. A morte não é feia, a morte é bela.

Mas a morte é bela apenas para quem viveu a sua vida desembaraçado, desinibido, irreprimido.

A morte é bela apenas para os que viveram sua vida lindamente, que não tiveram medo de viver,

que foram corajosos para viver – que amaram, que dançaram, que celebraram."

Osho






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