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Conexão e autoconhecimento através do "não fazer nada".



Não fazer nada. Acredito que este é um dos desafios mais desafiantes (redundância propositada) dos nossos tempos. Vivemos numa era tecnológica, onde parece ser difícil conseguirmos estar sem distrações, centrados em nós próprios, em comunicação interna com o nosso Ser.


Há uns bons anos atrás, ainda quando vivia em Madrid, consultei um psicólogo que me "prescreveu" um exercício: estar 15 a 20 minutos sem fazer nada. Não era para ler, nem ouvir música, era apenas para estar. Sentada, deitada ou de pé, onde eu quisesse, e simplesmente estar e ser."

Confesso que isto foi muito desafiante para mim. Mas com este exercício consegui ir mais longe no meu autoconhecimento e na conexão comigo mesma, pois transformei um "não fazer nada" num tempo para conversar com o meu "interior."


A ausência de distrações traz-nos uma consciência mais clara das coisas, traz-nos a possibilidade de uma conversa connosco.

Por vezes é o corpo que fala (manifestando dores ou tensões), por vezes é a mente (sobretudo analisando o tempo que estamos a "perder" e que poderíamos utilizar de uma forma mais proveitosa), e por vezes são as nossas emoções.

Ao simplesmente estarmos, o nosso Ser tem a possibilidade de ser escutado. E desse diálogo interno, podem surgir coisas boas e por vezes, algumas mais incómodas.

Dessa escuta, podes dar-te conta de decisões que precisas de tomar, situações que te prendem ou pessoas que já não fazem sentido na tua vida... Permitirmo-nos um momento de escuta interna é fundamental para a nossa saúde e para o nosso equilíbrio (a vários níveis).

Fugir de nós próprios com distrações constantes é um erro, e grande.


Estares contigo mesmo e permitires ouvir-te, é um acto de amor próprio.

Ouve-te.

Escuta-te.

Sente-te.


No entanto é importante frisar que o "não fazer nada" não leva automaticamente a uma escuta interna, para alguns de nós será muito fácil, mas para quem está a dar os primeiros passos será mais complexo, por isso temos que conduzir-nos a isso.

O que eu aconselho é que estejas num sítio que te é agradável e que te deixes levar, coloca o tlm no silêncio ou desliga-o, e fica somente contigo.


Começa por fazer algumas perguntas a ti próprio:

- Como me sinto?


- Tenho-me respeitado?


- Oiço o meu corpo e os sinais que ele me dá?

Depois dessa autoanalise poderás fazer algumas destas afirmações:


- Permito que todas as esferas do meu Ser comuniquem comigo.


- Estou aberto/a à comunicação comigo próprio/a.


- Estou receptivo/a a todas as informações de todo o tipo que eu precise saber aqui e agora.



Inspira, expira e deixa-te levar na tua escuta interna. Acredita que é uma viagem que vale a pena fazer.


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