
Esta reflexão é o resultado de uma escrita automática, através do fluxo do meu inconsciente. Não tenho por hábito publicar estes textos, mas este faz-me muito sentido e senti que o devia partilhar convosco.
“Naquele dia, ouviram-se relâmpagos, mas não era no céu, era na mente do Homem. Perdidos, desorientados, desconectados, mergulham numa escuridão sem precedente.
Fechados, encerrados. Sentem-se bichos. Sentem-se perdidos.
Este isolamento não é mais do que o perdão a nós mesmos. Perdão por como actuamos perante a mãe Terra, perante o Cosmos, perante o outro. Este isolamento convida-nos a reflectir a aumentar a nossa introspecção. Numa espera controlada mas amada, aproximo-me de mim próprio. Isolar mas amar. isolar mas conectar. Comigo, com a minha essência, com a minha verdade. Na escuridão, a luz brilha mais forte. Enfrento os meus medos e ganho forças, aprendo a lutar. Conecto-me com a minha essência, vejo o que é fundamental. Saio do rio turbulento dos meus pensamentos e revejo-me na serenidade do florescer da Natureza. A Natureza e eu, somos um só. Sinto a verdade. A ausência da turbulência, do ruído, da poluição, faz com que sinta o pulsar do teu coração. Tu estás aí, continuas viva, mais do que nunca. Espelhas o descanso que te estamos a dar. Respiras, renovas-te, resplandeces. Bem-dita sejas! Ó mãe, ó ninho, ó leito. De ti surgimos e em ti nos desvanecemos. Sente. Respira. Ouve. Esta é a nossa casa. Este ser (infeccioso) vem para nos consciencializar. O fruto da essência é raro na sua solidão. No processo de recolhimento só os mais claros recebem a boa nova. Recolhe-te e serás recompensado. Medita. Reflete. São tempos de recolhimento interior. Na luz da essência o recolhimento é a chave. Ouve, escuta a tua voz interior, num canto, num lamento, que te cura, que te embala ao vento, num momento. Na alma, com calma, ouves a escuridão do pensamento. A Luz volta quando a mente se libertar. O amor, sem dor, é a força curativa deste planeta. O amor, sem poder, é a força que move o mundo.
Sente. Ouve. Pára. Porque estás aqui? Qual é a tua missão? Como podes contribuir para um mundo melhor?”
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