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Foto do escritorMaria João Lopes

Numa era digital, é urgente voltar à nossa essência animal.



A nossa essência não é digital.

A nossa essência não é maquinal.

Somos animais.

Somos seres da terra, do ar, da água.

Esta é a nossa natureza. Natureza animal.

Vivemos através do nosso instinto, dos sentidos, da percepção que temos do outro e do mundo.

Utilizamos a máquina, mas somos animais.

Respeitar a nossa essência é fundamental.

Falar, tocar, sentir, abraçar, olhar nos olhos… tudo isto faz parte da nossa natureza.


Não és um ser maquinal, és um animal que usa uma máquina (smartphone). No entanto essa máquina não te define. Tu e ela não são um só, não estão fundidos.

O smartphone não é fundamental para a tua existência. A vida neste planeta continua, com ou sem ele.

A grande diferença é como sentes e vives as coisas. Através de uma lente, de um vidro ou apenas através do teu cristalino.


Olha, sente, vive através do teu Ser.

Escreve mais à mão.

Planta mais árvores.

Anda descalço.

Suja-te.

Faz mais amor.

Permite-te ser um animal sem filtros ou lentes.

Sê apenas. E desfruta desse momento.

Sem fotos, sem partilhar nas redes sociais, sem esperar "likes" em troca, apenas a boa sensação de teres vivido aquilo.

Guarda para ti (no teu coração) os momentos especiais, pois só a ti eles dizem respeito.

Sente-te mais.

Ouve-te mais.

Olha-te mais.

Toca-te mais.

A conexão contigo próprio é essencial e só acontece através da verdadeira audição interna do teu Ser.


Porque necessitas dessa bengala digital das redes sociais?

Porque lhe dás tanta importância?

É uma prioridade na tua vida?


Tu és a prioridade.

Tu és o centro.

Tu és aquele que precisa de ser nutrido e escutado.

O uso excessivo de tecnologia dispersa-nos do centro, do nosso verdadeiro eu, do nosso pensar filosófico.

Adormece-nos.

Anestesia-nos.

Aliena-nos.

O verdadeiro afastamento da alma é quando fechamos os ouvidos ao nosso Ser, porque apenas ouvimos o ruído ensurdecedor da excessiva informação.


Somos animais.

Somos reais.

Precisamos de abraços, de toque, de olhar, de cheirar, de provar, de ouvir, de silêncio, de recolhimento e de privacidade.

Precisamos urgentemente voltar à nossa essência.
















2 comentários

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2 comentarios

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Invitado
05 ene
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Artigo muito bom, chama-nos à realidade que muitas vezes ignoramos! Bem haja. Gratidão

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Contestando a

Muito obrigada pelo comentário e por estar desse lado. 😊

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